Subscribe
Add to Technorati Favourites
Add to del.icio.us
segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Deolinda - Recreios da Amadora - Clandestino

Publicada por bulgari

A noite vinha fria,
negras sombras a rondavam...
Era meia-noite
e o meu amor tardava...

A nossa casa, a nossa vida,
foi de novo revirada:
À meia-noite
o meu amor não estava.

Ai, eu não sei onde ele está,
se à nossa casa voltará,
foi esse o nosso compromisso!

E, acaso nos tocar o azar,
o combinado é não esperar
que o nosso amor é clandestino.

Com o bebé, escondida,
quis lá eu saber, esperei.
Era meia-noite
e o meu amor tardava...

E arranhada pelas silvas,
sei lá eu o que desejei...
Não voltar nunca,
amantes, outra casa!

E quando ele, por fim chegou,
trazia flores que apanhou
e um brinquedo para o menino

E quando a guarda apontou
fui eu quem o abraçou!
O nosso amor é clandestino.

3 comentários:

Camolas disse...

Distinta Deolinda !
Obrigado Bulgari, pela trabalhêra da letra passada todinha.

bulgari disse...

Camolas! Com o "copy-paste" passar letras para aqui, não constitui trabalhêra nenhuma.
Releio a minha infância nesta letra. As nossas longas esperas, pela vinda do meu Pai, enquanto andava ele por esses campos, semeando liberdade.

XICA disse...

Bulgari, soube do teu father, um abração grande para os dois, se puder ajudar, estamos aí.