Ainda está por decidir a caixa
onde somamos
cartas de quem nos queria antes
do acordar aqui. Mas
como ordenar essas linhas
(mesmo que
para as ler de vez)
sem ter que rever cada voz?
Resistindo à distracção de
ter que aceder à memória?
Sendo fiel ao momento sem
ser desleal com o passado?
Usando apenas as mãos
sem usar dos sentimentos?
Revisitando os lugares
sem saudar as personagens?
Há chaves que deves fazer por
perder nas despedidas
se no agudo vão de escadas que sobe ao teu coração
a caixa é uma teia
(ardilosamente montada)
pronta a reter a pressa de
um voo mais desprevenido.
João Luís Barreto Guimarães
2 comentários:
montas a cilada da tua paixao.
voo obliquo ao destino,
vertes feroz falcão,
esguio nas frestas do erro, fino.
onde macerada alma se greta,
ergues tua muralha frágil.
não lutes vã batalha deserta,
sou teu, meu coração ágil.
antes percas tempo válido,
colorindo paredes sombrias,
que vertendo em pranto cálido,
emoções sem dor e frias.
Este já foi um blogue isento de maluquice....
Enviar um comentário