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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Nomeio o mundo

Publicada por bulgari



Com medo de o perder, nomeio o mundo,
Seus quantos e qualidades, seus objectos,
E assim durmo sonoro no profundo
Poço de astros anónimos e quietos.

Nomeei as coisas e fiquei contente:
Prendi a frase ao texto do universo.
Quem escuta ao meu peito ainda lá sente,
Em cada pausa e pulsação, um verso.

Vitorino Nemésio

1 comentários:

Camolas disse...

Um brinde ao "poço dos astros anónimos e quietos"...curioso de repente vei-me á memória o cósmico Vasco