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sexta-feira, 5 de março de 2010

Talvez nem tenha nome

Publicada por bulgari



Talvez nem tenha nome.
Anunciado só pelo frémito
da folhagem.
O riso invisível, o grito
de um pássaro, o escuro
da voz. Certa doçura,
certa violência. O espesso volúvel
tecido da noite agora a roçar
o corpo da água. E por fim
a muito lenta paixão
do fogo, sufocada.
Era o Verão.

Eugénio de Andrade

P.S.- Já nem peço tanto. Apenas um raio de sol que perdure por duas horas. Please!!!!

1 comentários:

Camolas disse...

O teu desejo será concedido!