Emmanuelle Hauguel
Enfim! Fim-de-semana. Nem lhe consigo tomar o gosto. Tamanho é o amargo que me vem à boca.
Mas que puta de semana que me caiu em cima que só me apetece carpir, dizer palavrões e roer as unhas até ao tutano. Só desejo é que o cabrão que me rogou esta praga bata com os ditos numa tábua rasa, e estar lá para ver.
Entrei na segunda-feira numa espécie de máquina de lavar gigante, da qual só hoje consegui sair a muito custo. Dói-me tudo. Estou de alma amarrotada e perplexa com o turbilhão de emoções e comportamentos vividos em apenas cinco escassos dias. As minhas defesas simplesmente esfumaram-se como se nunca as tivesse tido. Nada em mim foi característico.
Mais do que o desgaste que sinto, é a raiva de não ser capaz de passar ao lado da minha vida profissional, e reconhecer que há dias em que marrar contra o sistema nada resolve. Este meu feitio de burra obstinada há-de levar-me um dia à loucura em estado puro. Tenho algo de Dom Quixote em mim, e hoje só desejo ardentemente que o burro me dê uma parelha de coices e que isso me devolva alguma razoabilidade e bom senso. Ou isso, ou uma bela taça vinho.
Bem vistas as coisas e porque de dores já tenho que chegue, opto pela segunda.
Amanhã é outro dia e domingo vamos a votos.
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