Corre, raio de rio, e leva ao mar
A minha indiferença subjetiva!
Qual “leva ao mar”!
Tua presença esquiva
Que tem comigo e com o meu pensar?
Lesma de sorte! Vivo a cavalgar
A sombra de um jumento. A vida viva
Vive a dar nomes ao que não se ativa,
Morre a pôr etiquetas ao grande ar…
Escancarado Furness, mais três dias
Te aturarei, pobre engenheiro preso
A sucessibilíssimas vistorias…
Depois, ir-me-ei embora,
eu e o desprezo
(E tu irás do mesmo modo que ias),
Qualquer, na gare, de cigarro aceso…
Álvaro de Campos
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3 comentários:
Adorei a fotografia e o poema foi muito bem escolhido.
Beijinho
Todos havemos de ir dar ao mar...um dia
Camolas! Temos que ir experimentar o cachimbo de água.
Paladar! Vai aparecendo sempre com essa energia, que se não me engano, é inesgotável!
Abreijinhos
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