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Filhos dum deus selvagem e secreto
E cobertos de lama, caminhamos
Por cidades, Por nuvens E desertos.
Ao vento semeamos o que os homens não querem.
Ao vento arremessamos as verdades que doem
E as palavras que ferem.
Da noite que nos gera, e nós amamos,
Só os astros trazemos.
A treva ficou onde
Todos guardamos a certeza oculta
Do que nós não dizemos,
Mas que somos.
Ary dos Santos
Ary dos Santos
3 comentários:
Este explica-te bem. Não é fácil chegar lá, mas acho-o a tua cara, certo?
Tu e o Cantigueiro, recordaram os 25 anos do Ary.
Ainda bem!!
Pois! Agora vendo dessa perspectiva é bem capaz. Acho que toda a poesia que aqui coloco me identifica um pouco. Mas a ideia é mesmo a de prestar tributo a quem nos deixou tamanho legado.
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