all that sounds

Raramente tenho atitudes consideradas tipicas de gaja. Sim, de gaja!!! Não falo da roupa da vizinha, nem dos quilos que a conhecida mais próxima diz ter perdido, quando eu apenas lhe vislumbro umas 35 gramas a menos. Tão pouco de quem fugiu com quem, ou se não fugiu, devia! Fazer desporto faz tão bem.

É assim mesmo, tenho plena consciência que o meu momento à "Diva" raramente vê a luz do dia. Mas perdoem-me que isto de adoptar este comportamento meio-másculo num corpo de menina, é tarefa tudo, menos fácil. De vez em quando dou alguma liberdade às hormonas e é um festim. Não sei se é por saberem que o banquete dura pouco mas as moças tomam conta de mim.

Foi o que me aconteceu hoje, num momento de rara cavaqueira e que por minutos me retirou do inferno diário em que estou metida.

Fui informada por um colega de uma grande alteração na sua vida profissional, funcionando a informação como um despertador para as minhas "meninas". Dois goles de vinho depois, os meus olhos ficaram literalmente prostados nos trapinhos que envergava. Nada me conseguia demover, nem o crepe que tinha na frente me distraía da sweat-shirt, a que, minutos antes daria um indiferente ok para um "huuuughh que horror". As cores esmoreçeram, as mangas alargaram e a camisola ganhou borbotos por magia. A partir daí, a situação entrou em derrapagem mental e a imaginação tomou conta da ocorrência. Na minha frente, o colega envergava um belo fato "Tom Ford" emanava um aroma a "Neroli Portofino" enquanto eu debicava o meu crepe com a maior das inocências e lhe dizia - não te preocupes, "assim" tudo vai correr bem.