Hoje acordei naqueles dias tipo, "se me tentas deitar abaixo, encosto-te à parede". E por muito, que esta expressão possa ser sujeita a interpretações maliciosas, a verdade é que me senti bem o dia todo. Convicta de ter força para enfrentar as adversidades, independentemente da sua largura ou comprimento. Não foram muitas diga-se de passagem, mas como não sou do género de pedir "sarna para me coçar", se não vêm ter comigo eu também não vou á procura.
Dentro desta normalidade, o dia foi passando, cumprindo-se o velho ritual das segundas-feiras. Passar tempo com a mamã, como forma de a compensar pelos fins-de semana em que raramente me põe os olhos em cima.
Enquanto eu comia, uma taça de arroz doce, daquele que só mesmo mães sabem fazer, ela desabafava as antigas mágoas e recentes tristezas, enquanto o aroma da canela me despertava recordações. O cheiro magnífico dos lápis de cor da minha infância, com os bicos sempre bem afiados e certinhos.
De repente, quando me desembrulhei deste pensamento, fitei a minha mãe e vi a mulher que até hoje encostou à parede, todos os problemas, dificuldades, gripes, esfoladelas e arranhões, perdas enormes; e me pergunta, com a voz mais doce do mundo. Está bom o arroz filha? A mãe fez como tu gostas...
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1 comentários:
bonito...
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