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terça-feira, 4 de março de 2008

Ilusão

Publicada por bulgari

Às vezes julgo ver nos meus olhos
A promessa de outros seres
Que eu podia ter sido.
Se a vida tivesse sido outra.

Mas dessa fabulosa descoberta
Só me vem o terror e a mágoa
De me sentir sem forma, vaga e incerta...
como a água

Sophia de Mello Breyner Andresen



1 comentários:

Charlotte disse...

Não há nada como seguir um caminho próprio. Errado ou certo, mas nosso. É o que eu entendo do que diz a Sophia, sempre luminosa.

Não conhecia o poema. Gostei muito.

Beijinhos