As palavras secaram, presas suavemente no estendal da alma, para que não ficassem amarrotadas. Mais pareciam um daqueles tecidos velhos, que outrora carregaram as cores mais belas.
Gastas, repetitivas, agrestes e ácidas, estas palavras, às quais a alma virou costas, por não as reconhecer como suas; mas não por muito tempo.
Estendeu-as à sombra de um chorão, usando o cuidado possível, com receio de as quebrar, não perdessem a força, côr e sentimento característicos.
Demasiado peso carrega a alma, quando o peso das palavras perde consistência. Tarefa árdua, a de alimentar e mimar uma a uma, as palavrinhas que vão enchendo o ser, de vontade de ser...
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