A minha infância foi repleta de magia. Todas as infâncias deveriam ser assim. Muitos irmãos, mais amigos, miminhos do pai e o colinho da mãe sempre disponível para todos os carinhos, quando no meio de tanta brinca, lá surgia mais um arranhão.
Na minha rua, que mais se assemelhava a uma fortaleza da idade média, os dias perdiam-se nas noites e as noites nas madrugadas. Não se sabia o principio, e o fim só existia no imaginário. O tempo tinha tempo, para ser tempo.
Sempre fui uma maria-rapaz, esguia e pequenina, que caminhava pela sombra do mano mais velho, esse rebelde indomável, que já na altura se revelava um grande líder e cujo temperamento, me afectava até que, as lágrimas que não conseguia conter, rolassem pela face. Eu não queria! Simplesmente não queria, que soubessem que as meninas também choram...
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